A Raça

Temperamento

Talvez a característica mais fascinante do Border Collie seja a ligação que ele desenvolve com o seu dono e os demais membros da família! Ele sempre irá fazer todo o possível para alegrar aqueles que com ele convivem. Além disso, o Border possui uma vontade de aprender fantástica e isso facilita muito o seu adestramento, mas por outro lado ele exige bastante do seu dono!

É necessário que se tenha disponibilidade para o Border e que a convivência dele com a sua família seja intensa. Caso contrário ele poderá se tornar um cão ansioso e destrutivo. Os nossos cães possuem um temperamento equilibrado e um nível de energia moderado, portanto sua convivência em apartamento é totalmente possível, mas o fator determinante será a dedicação do dono ao seu cão.

É imprescindível que ele tenha exercícios frequentes (cerca de 40 minutos de caminhada em ritmo moderado, no mínimo três vezes por semana) e desafios mentais diários (brincadeiras e truques, por exemplo).

Saúde

O Border Collie, de uma maneira geral, é um cão sadio que não costuma ficar doente, no entanto, existem algumas doenças de fundo genético/hereditário, que qualquer canil idôneo realiza os devidos controles para que os filhotes não sejam acometidos, são elas:

Displasia coxofemoral

É uma doença genética muito grave que leva a vários graus de artrite, culminando, eventualmente, em dor e debilitação. Não é possível prever quando ou mesmo se um cão displásico irá demonstrar sinais clínicos de claudicação (manqueira) devido à dor. Há vários fatores, como idade, sobrepeso do animal e nível de exercício que podem afetar a gravidade dos sinais clínicos e a expressão da doença (alterações radiográficas). Não há nenhuma correlação entre a gravidade das alterações radiográficas com os sinais clínicos (dor e claudicação).  (Fonte: OFA – Orthopedic Foundation For Animals).

Displasia de cotovelo

É um termo genérico usado para identificar uma doença hereditária poligênica que acomete o cotovelo dos cães. Três etiologias específicas que podem ocorrer de forma independente ou em conjunto uma com a outra. Estes etiologias incluem: Patologia envolvendo o coronóide medial da ulna (FCP), Osteocondrite do côndilo do úmero medial na articulação do cotovelo (OCD) e a união do processo anconeal (UAP). Estudos têm demonstrado que os traços poligênicos herdados causadores destas etiologias são independentes um do outro. (Fonte: OFA – Orthopedic Foundation For Animals).

Collie Eye Anomaly (CEA) / Hipoplasia Coroidal (CH)

CEA é mais tecnicamente conhecida como Hipoplasia coroidal (CH). É um distúrbio ocular, hereditário e recessivo que provoca o desenvolvimento anormal da coroide (camada importante de tecido sob a retina do olho). Em cães gravemente afetados (aproximadamente 25% dos cães com CEA/CH), há problemas relacionados com a saúde do olho que pode resultar em perda grave da visão. Esta doença acomete diversas raças como o Collie, Border Collie, Australian Shepherd, Pastor de Shetland, entre outras. (Fonte: Optigen).

Ceroid Lipofuscinosis (CL)

É um distúrbio no depósito lisossômico que resulta em acúmulo de corpos de depósito lisossômico nas células de vários tecidos do animal. Isto leva a neurodegeneração progressiva (degeneração cerebral e de células oculares) e resulta em comprometimento neurológico grave e morte precoce do animal. A idade de início e gravidade da doença pode variar muito entre os indivíduos. Os sintomas incluem declínio progressivo do sistema locomotor, podendo haver com convulsões e perda de movimentos, declínio cognitivo e comportamento anormal. A deficiência visual também pode ocorrer. Os cães afetados parecem normais no nascimento, mas começam a apresentar sintomas no início da vida - cerca de 1 a 2 anos de idade. É uma doença hereditária de caráter recessivo que afetas diversas raças, além do Border Collie. (Fonte: Optigen).

Trapped Neutrophil Syndrome (TNS)

É uma doença hereditária que afeta o sistema imunológico do cão e é marcada por uma incapacidade em combater as infecções uma forma eficaz. Os sintomas clínicos podem variar, dependendo da natureza do agente patogênico envolvido. A mutação TNS é amplamente distribuída, ocorrendo em mais de 10% da população (tanto em Border de linha de trabalho como os de beleza). Semelhantemente à CEA/CH e à CL, a TNS também possui caráter recessivo e precisa dos mesmos cuidados das demais doenças. (Fonte: Optigen).

MDR1

Não se trata de uma doença, porém a sensibilidade a certas drogas é comumente citada quando se fala em Border Collies, especialmente a Ivermectina, no entanto, o risco só existe quando o cão possui um ou o par de genes afetado. 

Os sinais de intoxicação podem variar de vômitos, diarreia, letargia, convulsões e coma. 

Glaucoma (GLAU - BCG)

Mielopatia Degenetativa (DM)

(IGS)

Miotonia Congenita (MC)

Hipertermia Maligna (MH)

Primary Lens Luxation (PLL)

Raine Syndrome (DH)

A Hipomineralizaçäo Dental 

1. Pelagem
Deve-se realizar a escovação de duas a três vezes por semana.
Não é necessário tosar o Border, apenas retoques por questão de higiene e conforto na região ao redor do ânus e debaixo dos pés.
Banhos quinzenais são suficientes. Sempre utilizando xampus próprios.

2. Vermifugação
Para cães adultos, realizar a vermifugação a cada três ou quatro meses é suficiente.
No caso dos filhotes, deve-se seguir as orientações do veterinário.

3. Ectoparasitas (Pulgas e carrapatos)
Devem ser utilizados produtos adequados, como aqueles a base de Fipronil, mensalmente para uma proteção adequada.
Procure orientação do seu veterinário sobre a incidência de doenças como a Leishmaniose e Dirofilariose na sua cidade para poder realizar uma prevenção adequada nesses casos.

4. Vacinas
Seu cão deve ser vacinado anualmente com a antirábica e a óctupla/déctupla.
O esquema vacinal é individual e o seu veterinário saberá qual o melhor momento para o seu cão ser vacinado e quais vacinas são necessárias.